Otosclerose

Otosclerose
Imagem meramente ilustrativa - Gerada por Inteligência Artificial

A otosclerose é uma doença do ouvido médio que provoca rigidez anormal dos ossículos responsáveis pela condução do som, especialmente do estribo. Essa alteração impede que as vibrações sonoras cheguem adequadamente ao ouvido interno, levando a uma perda auditiva progressiva, geralmente bilateral.

Embora o nome possa soar grave, trata-se de uma condição benigna e tratável, que pode ser corrigida cirurgicamente em grande parte dos casos, com excelente recuperação auditiva.

O que é a otosclerose?

A otosclerose é uma alteração no metabolismo ósseo do ouvido médio, que faz com que o osso ao redor da cóclea e da janela oval se torne mais rígido e espesso. Essa rigidez imobiliza o estribo, o menor dos três ossículos da orelha média (martelo, bigorna e estribo) e impede a transmissão adequada das vibrações sonoras.

Com o tempo, essa falta de movimento reduz a eficiência da condução do som, provocando uma perda auditiva condutiva (e, em casos mais avançados, mista).

Causas e fatores de risco

As causas da otosclerose ainda não são totalmente conhecidas, mas estudos indicam que fatores genéticos e hormonais desempenham papel importante.
Entre os principais fatores associados estão:

  • Predisposição hereditária (histórico familiar de otosclerose é comum);
  • Alterações hormonais, especialmente durante gestação ou menopausa;
  • Doenças virais, como o sarampo, que podem afetar o metabolismo ósseo da orelha;
  • Idade entre 20 e 45 anos, faixa em que a doença costuma se manifestar;
  • Maior incidência em mulheres.

Embora seja uma doença progressiva, a velocidade de evolução e a gravidade dos sintomas variam de pessoa para pessoa.

 

Sintomas da otosclerose

A otosclerose se desenvolve de forma lenta e progressiva.
Os sintomas mais comuns incluem:

  • Perda auditiva gradual, geralmente nos dois ouvidos (pode começar em apenas um);
  • Zumbido (tinnitus), descrito como chiado, apito ou ruído constante;
  • Dificuldade para compreender conversas, especialmente em ambientes ruidosos;
  • Sons abafados ou sensação de ouvido tampado;
  • Autofonia (ouvir a própria voz mais alta do que o normal);
  • Em casos mais avançados, desequilíbrio leve ou tontura podem estar presentes.

A perda auditiva costuma ser condutiva, mas pode se tornar mista se o processo atingir também a cóclea.

Diagnóstico da otosclerose

O diagnóstico é feito por otorrinolaringologista especializado em otologia, com base em avaliação clínica e exames específicos.
Entre os principais estão:

  • Audiometria tonal e vocal – avalia o grau e tipo da perda auditiva;
  • Imitanciometria (timpanometria) – verifica a mobilidade do tímpano e da cadeia ossicular;
  • Tomografia computadorizada de ossos temporais – identifica a fixação do estribo e alterações ósseas típicas da doença.

Esses exames permitem confirmar o diagnóstico e determinar a melhor abordagem terapêutica.

Cuidado Completo em Ouvido, Nariz e Garganta

Com ampla experiência em cirurgias do ouvido e saúde auditiva, o Dr. Fernando Balsalobre oferece cuidado integral em ouvido, nariz, garganta e otorrino pediátrico, unindo técnica, precisão e tecnologia para promover bem-estar.

Tratamento da otosclerose

O tratamento depende da fase da doença e do grau de perda auditiva.
As opções incluem:

  1. Acompanhamento clínico

Nos estágios iniciais, quando a perda é leve, o médico pode optar por acompanhamento periódico e uso de aparelhos auditivos, que amplificam os sons e melhoram a comunicação.

  1. Cirurgia – Estapedectomia / Estapedotomia

Quando o estribo está fixo, o tratamento definitivo é cirúrgico. A estapedectomia (ou estapedotomia) é o procedimento indicado para substituir o estribo imobilizado por uma microprótese auditiva, restaurando a transmissão do som.
A cirurgia é feita com microscópio ou endoscópio, geralmente sob anestesia local e com recuperação rápida.

O sucesso cirúrgico é alto, com melhora significativa da audição em mais de 90% dos casos bem indicados.

  1. Implante coclear (em casos avançados)

Em pacientes com otosclerose avançada ou degeneração coclear, pode ser necessário o uso de implante coclear, que estimula diretamente o nervo auditivo e permite reabilitação sonora quando a cirurgia tradicional não é suficiente.

Pós-operatório e cuidados

Após a cirurgia de estapedectomia, o paciente deve seguir orientações específicas para garantir a boa cicatrização e o sucesso auditivo:

  • Evitar esforços físicos e viagens aéreas por 30 dias;
  • Manter o ouvido seco e protegido;
  • Não assoar o nariz com força ou tossir em excesso nas primeiras semanas;
  • Realizar audiometria de controle após 30 a 60 dias;
  • Retornar regularmente ao otorrinolaringologista para acompanhamento.

A melhora auditiva é gradual e costuma ser percebida nas primeiras semanas após a ativação da prótese.

Otosclerose e genética

A otosclerose tem forte componente hereditário, sendo comum que mais de um membro da família apresente o quadro. A herança genética é autossômica dominante com penetrância variável, o que significa que a tendência à doença pode ser transmitida, mas nem todos os portadores desenvolvem sintomas.

Por isso, familiares de pessoas com otosclerose devem realizar avaliação auditiva periódica, especialmente se houver histórico de perda auditiva precoce.

Tratamento de otosclerose em São Paulo

O Dr. Fernando Balsalobre, otorrinolaringologista formado pela Faculdade de Medicina da USP (Hospital das Clínicas) e especialista em Otologia e Neurotologia, atua na região dos Jardins, em São Paulo, com foco no diagnóstico e tratamento cirúrgico da otosclerose e outras doenças do ouvido médio.

Com experiência em estapedectomia, estapedotomia e implante coclear, o Dr. Fernando oferece avaliação detalhada, indicação precisa e acompanhamento individualizado, priorizando segurança, técnica refinada e reabilitação auditiva eficaz.

A otosclerose é uma causa comum e tratável de perda auditiva condutiva. Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível restaurar a audição e melhorar de forma expressiva a qualidade de vida.

Em São Paulo, o Dr. Fernando Balsalobre oferece tratamentos modernos e cirurgias auditivas de alta precisão, com foco em reabilitação sonora segura, resultados duradouros e acompanhamento contínuo.

Excelência em Saúde do Ouvido, Nariz e Garganta

Com ampla experiência em cirurgias do ouvido e saúde auditiva, o Dr. Fernando Balsalobre oferece cuidado integral em ouvido, nariz, garganta e otorrino pediátrico, unindo técnica, precisão e tecnologia para promover bem-estar.

Foto de Dr. Fernando Balsalobre

Dr. Fernando Balsalobre

Médico - CRM-SP 150700 -
Especialidade: Otorrinolaringologia RQE: 68586

Graduado em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP), o Dr. Fernando Balsalobre é otorrinolaringologista especializado em cirurgias do ouvido e reabilitação auditiva. Possui Fellowship em Otologia e Neurotologia pela FMUSP e atua em hospitais de referência, como o Hospital Vila Nova Star, o Hospital Israelita Albert Einstein e o Hospital Sírio-Libanês.

Agendar Consulta

Atendemos somente particular