Otite Média Crônica

Otite média Crônica
Imagem meramente ilustrativa - BAnco de Imagem: Freepik

A otite média crônica, conhecida popularmente como ouvido crônico, é uma inflamação persistente do ouvido médio (região situada atrás do tímpano) que pode causar secreção contínua, perfuração timpânica e perda auditiva progressiva.
Diferente das infecções agudas, que surgem e desaparecem em poucos dias, a forma crônica representa uma doença estabelecida, resultado de processos inflamatórios repetidos ou mal resolvidos ao longo do tempo.

Essa condição é mais comum do que se imagina e pode afetar tanto crianças quanto adultos. Em muitos casos, o paciente convive com ouvido escorrendo, abafamento auditivo e zumbido, sem dor, por meses ou anos — sinais típicos de uma otite média crônica ativa.

O que é a otite média crônica

A otite média crônica é uma inflamação ou infecção persistente do ouvido médio — a região localizada atrás do tímpano, que dura mais de três meses.
Geralmente está associada à perfuração do tímpano e à saída recorrente de secreção (otorreia), mesmo sem dor.

Com o tempo, o tímpano perde sua função de proteção, permitindo a entrada de água e micro-organismos, o que mantém o processo inflamatório ativo.

Causas e fatores de risco

A otite média crônica não surge de forma súbita; ela costuma ser o resultado de uma sequência de infecções de repetição ou falhas na cicatrização do tímpano.
Entre as principais causas e fatores de risco estão:

  • Otites médias agudas recorrentes na infância, especialmente quando não são tratadas adequadamente;
  • Perfuração antiga do tímpano, seja por infecção, trauma ou cirurgias prévias;
  • Disfunção da tuba auditiva, canal que liga o ouvido à parte de trás do nariz e regula a pressão interna;
  • Infecções respiratórias crônicas, como rinite, sinusite e adenoidite;
  • Alergias respiratórias, que favorecem o acúmulo de secreção;
  • Exposição frequente à água, principalmente em quem tem perfuração timpânica;
  • Uso inadequado de hastes flexíveis ou automedicação com antibióticos e gotas;
  • Fatores anatômicos e genéticos, que dificultam a ventilação do ouvido médio.

Essas condições criam um ambiente úmido e sem ventilação adequada, propício para que a inflamação se mantenha ativa e o quadro se torne crônico.

Sintomas da otite média crônica

Os sintomas podem variar conforme o estágio e a causa da doença, mas geralmente incluem:

  • Secreção recorrente ou persistente pelo ouvido (com odor característico);
  • Perda auditiva gradual — em muitos casos, o som parece abafado;
  • Zumbido (tinnitus);
  • Sensação de pressão ou ouvido cheio;
  • Coceira e irritação leve no canal auditivo;
  • Episódios ocasionais de tontura ou desequilíbrio;
  • Em alguns casos, dor discreta, especialmente quando há infecção ativa.

A ausência de dor intensa é o que frequentemente faz o paciente adiar a procura por um especialista, o que pode agravar o quadro.

Como é feito o diagnóstico da otite média crônica?

O diagnóstico da otite média crônica deve ser feito por um otorrinolaringologista especializado em doenças do ouvido.

Durante a avaliação, o médico realiza:

  • Otoscopia ou microscopia para observar o tímpano e identificar perfuração, secreção ou colesteatoma;
  • Audiometria para medir o grau e o tipo da perda auditiva (geralmente condutiva);
  • Tomografia computadorizada de ossos temporais, que mostra a extensão da inflamação e possíveis complicações;
  • Exames laboratoriais e cultura da secreção, em casos de infecção ativa, para direcionar o antibiótico adequado.

O conjunto dessas informações define a gravidade e o tipo de tratamento mais indicado.

Cuidado Completo em Ouvido, Nariz e Garganta

Com ampla experiência em cirurgias do ouvido e saúde auditiva, o Dr. Fernando Balsalobre oferece cuidado integral em ouvido, nariz, garganta e otorrino pediátrico, unindo técnica, precisão e tecnologia para promover bem-estar.

Quais as complicações da otite crônica?

Quando não tratada de forma adequada, a otite média crônica pode evoluir para complicações potencialmente graves, tanto no ouvido quanto em estruturas próximas.
Entre as principais estão:

  • Colesteatoma – formação de tecido anômalo que destrói os ossículos e o osso temporal, podendo causar perda auditiva severa e infecções repetidas;
  • Erosão da cadeia ossicular – perda dos ossículos responsáveis pela condução do som, resultando em surdez condutiva;
  • Mastoidite crônica – inflamação e infecção do osso mastoide, atrás da orelha;
  • Fístulas labirínticas – comunicações anormais entre o ouvido médio e o interno, causando vertigem e desequilíbrio;
  • Paralisia facial periférica – em casos em que a infecção se estende ao nervo facial;
  • Complicações intracranianas, como meningite ou abscessos cerebrais, embora raras, são potencialmente graves e exigem intervenção imediata.

Essas complicações reforçam a importância do diagnóstico precoce e tratamento especializado, que evitam a progressão da doença e preservam a audição.

Quais são os tratamentos para otite média crônica?

O tratamento tem como objetivos principais eliminar a infecção, restaurar o tímpano e melhorar a audição.
Dependendo do caso, pode envolver abordagens clínicas e cirúrgicas:

Tratamento clínico

  • Limpeza cuidadosa do ouvido (otomicroscopia) para remoção da secreção;
  • Uso de gotas antibióticas tópicas, conforme orientação médica;
  • Controle das causas associadas, como sinusites e alergias;
  • Cuidados para manter o ouvido seco e livre de contaminações.

Tratamento cirúrgico

Quando a perfuração não cicatriza ou há complicações, o tratamento é cirúrgico. Os principais procedimentos são:

As cirurgias são realizadas com técnicas modernas, microscopia e anestesia segura, oferecendo excelente taxa de recuperação auditiva e controle da infecção.

Cuidados após o tratamento

O sucesso do tratamento depende de um bom acompanhamento e de alguns cuidados após a recuperação:

  • Evitar entrada de água no ouvido até liberação médica;
  • Não introduzir objetos ou hastes no ouvido;
  • Comparecer às consultas de revisão e realizar limpezas periódicas;
  • Tratar alergias e infecções respiratórias associadas;
  • Evitar automedicação com gotas ou antibióticos.

Seguindo essas orientações, é possível manter o ouvido estável e prevenir recidivas da inflamação.

Tratamento para otite média crônica em São Paulo

O Dr. Fernando Balsalobre, otorrinolaringologista formado pela Faculdade de Medicina da USP (Hospital das Clínicas), com especialização em Otologia e Neurotologia, atua na região dos Jardins, em São Paulo, com foco no diagnóstico e tratamento de doenças do ouvido, incluindo otite média crônica, perfuração timpânica e colesteatoma.

Com ampla experiência em cirurgias otológicas, o Dr. Fernando utiliza técnicas avançadas e acompanhamento personalizado para oferecer tratamentos seguros, eficazes e com reabilitação auditiva duradoura.

A otite média crônica, ou ouvido crônico, é uma condição que exige atenção e acompanhamento especializado.
Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível controlar as infecções, restaurar o tímpano e recuperar a audição, evitando complicações futuras.
Procure um otorrinolaringologista sempre que houver secreção persistente, perda auditiva ou histórico de infecções de repetição, o cuidado certo pode transformar o prognóstico e a qualidade de vida.

Cuidado Completo em Ouvido, Nariz e Garganta

Com ampla experiência em cirurgias do ouvido e saúde auditiva, o Dr. Fernando Balsalobre oferece cuidado integral em ouvido, nariz, garganta e otorrino pediátrico, unindo técnica, precisão e tecnologia para promover bem-estar.

Foto de Dr. Fernando Balsalobre

Dr. Fernando Balsalobre

Médico - CRM-SP 150700 -
Especialidade: Otorrinolaringologia RQE: 68586

Graduado em Medicina pela Universidade de São Paulo (USP), o Dr. Fernando Balsalobre é otorrinolaringologista especializado em cirurgias do ouvido e reabilitação auditiva. Possui Fellowship em Otologia e Neurotologia pela FMUSP e atua em hospitais de referência, como o Hospital Vila Nova Star, o Hospital Israelita Albert Einstein e o Hospital Sírio-Libanês.

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