A dor de ouvido, ou otalgia, é um sintoma que pode afetar qualquer pessoa (desde bebês até idosos) e, embora muitas vezes pareça algo simples, ela pode sinalizar problemas que vão além do próprio ouvido. Seja um latejar após natação, uma dor persistente após resfriado ou um desconforto que volta e atrapalha o dia-a-dia, é fundamental entender que essa dor pode ter múltiplas origens, algumas das quais necessitam de avaliação especializada.
O que é a dor de ouvido
A dor de ouvido (otalgia) refere-se à sensação dolorosa que pode ocorrer no canal auditivo externo, no ouvido médio ou interno, ou ainda, se originar em regiões próximas como mandíbula, dentes ou nasofaringe, refletindo-se no ouvido. Em muitos casos, a otalgia é o primeiro sinal de infecção, inflamação, bloqueio ou lesão no sistema auditivo.
Principais causas de cor no ouvido
Entre as causas mais comuns da dor de ouvido estão:
- Infecções no ouvido médio ou externo (otites), após resfriados ou contato com água.
- Acúmulo de cerume ou corpo estranho no canal auditivo externo.
- Diferenças de pressão (barotrauma), comuns em viagens ou mergulhos.
- Problemas da articulação temporomandibular (ATM) ou dentários — que irradiam dor para o ouvido.
- Condições alérgicas ou respiratórias que afetam a tuba auditiva e levam à dor reflexa ou acúmulo de fluido no ouvido médio.
- Lesões ou perfurações do tímpano, que permitem entrada de água ou micro-organismos.
Sintomas associados a dor de ouvido
A dor de ouvido pode vir acompanhada de outros sinais que ajudam a definir sua origem:
- Dor pulsátil ou contínua, sensação de pressão ou “ouvido tampado”.
- Redução temporária da audição ou sensação de abafamento.
- Zumbido ou coceira no canal auditivo.
- Secreção, odor ou líquido saindo do ouvido — especialmente nas infecções.
- Em crianças: irritabilidade, dificuldade para dormir, puxar ou esfregar a orelha.
Quando procurar um especialista?
Nem toda dor de ouvido é grave, mas existem situações em que a avaliação de um otorrinolaringologista é indispensável.
Procure atendimento médico se houver:
- Dor intensa que não melhora em até 48 horas, mesmo com analgésicos comuns;
- Febre alta, calafrios ou mal-estar generalizado;
- Saída de secreção, pus ou sangue pelo ouvido;
- Perda auditiva súbita ou sensação de abafamento persistente;
- Tontura, desequilíbrio ou zumbido associado a dor;
- Histórico de otite de repetição (principalmente em crianças pequenas);
- Inchaço atrás da orelha ou vermelhidão na região, o que pode indicar mastoidite;
- Dor de ouvido acompanhada de dor de garganta, dentes ou mandíbula, sugerindo causa reflexa;
- Uso recente de objetos no canal auditivo (cotonete, pinça, tampões) com dor subsequente;
- Imunidade baixa, diabetes ou doenças crônicas, que aumentam o risco de infecção.
Em crianças, a dor de ouvido exige ainda mais atenção quando há choro constante, dificuldade para dormir, perda de apetite, febre ou atraso na fala. Esses sinais podem indicar infecção no ouvido médio (otite), que precisa ser tratada precocemente para evitar complicações.
Se qualquer um desses sintomas estiver presente, não use remédios caseiros nem pingue soluções no ouvido por conta própria. O tratamento errado pode agravar o quadro e até causar danos à audição.
O diagnóstico correto e o cuidado especializado são fundamentais para preservar o tímpano, evitar sequelas e aliviar a dor de forma segura.
Como é feito o diagnóstico?
Um otorrinolaringologista avaliará o paciente por meio de:
- Otoscopia ou microscopia para observar tímpano, canal auditivo e presença de secreção ou perfuração.
- Audiometria ou timpanometria para avaliar a função auditiva e a mobilidade do tímpano.
- Avaliação da tuba auditiva, vias respiratórias superiores, dentes e articulação mandibular.
- Em casos específicos, exames de imagem (como tomografia) se houver suspeita de complicações.
Cuidado Completo em Ouvido, Nariz e Garganta
Com ampla experiência em cirurgias do ouvido e saúde auditiva, o Dr. Fernando Balsalobre oferece cuidado integral em ouvido, nariz, garganta e otorrino pediátrico, unindo técnica, precisão e tecnologia para promover bem-estar.
Tratamento para dor de ouvido
O tratamento depende da causa subjacente da dor de ouvido:
Abordagem clínica
- Uso de analgésicos ou anti-inflamatórios para alívio da dor.
- Limpeza do canal auditivo, remoção de cerume ou objetos estranhos.
- Tratamento de infecções (como otite média ou externa) com antibióticos ou gotas otológicas específicas.
- Controle de alergias, obstrução nasal ou refluxo associado às infecções.
Intervenção cirúrgica ou procedimentos
- Em casos de barotrauma ou perfuração timpânica persistente: possível indicação de cirurgia ou estalido da tuba auditiva.
- Quando a dor está associada à articulação da mandíbula: encaminhamento para tratamento de ATM ou odontologia.
- Em crianças com infecções recorrentes: avaliação para tubos de ventilação ou adenoidectomia.
Prevenção e cuidados diários
Alguns cuidados simples ajudam a evitar dor de ouvido:
- Evite introduzir objetos no ouvido ou usar cotonetes de forma agressiva.
- Proteja os ouvidos da água, principalmente se o tímpano estiver comprometido ou com histórico de infecções.
- Mantenha as vacinas em dia, trate resfriados e alergias com orientação médica.
- Evite exposição à fumaça de cigarro ou ambientes contaminados.
- Em viagens ou mergulhos: realize manobras de equalização de pressão (bocejar, mascar chiclete).
Dor em apenas um ouvido: o que isso significa?
Quando a dor atinge apenas um dos ouvidos, geralmente o problema está localizado nesse lado.
As causas mais comuns são infecções do ouvido externo (otite externa), que provocam dor ao toque e coceira, ou infecções do ouvido médio (otite média), mais frequentes após gripes e resfriados.
Outras causas também podem gerar dor unilateral, como:
- Acúmulo de cera (cerume), que bloqueia o canal auditivo e causa sensação de pressão;
- Presença de água retida após banho ou piscina;
- Lesões locais, como pequenas feridas, machucados ou uso incorreto de cotonetes;
- Dor reflexa, quando o incômodo vem de outra região, como garganta, mandíbula ou dentes, irradiando para o ouvido — muito comum em casos de dente siso inflamado ou disfunção da ATM (articulação temporomandibular).
Quando a dor aparece sempre no mesmo ouvido ou é acompanhada de secreção, zumbido ou perda auditiva, é fundamental procurar um otorrinolaringologista para identificar a causa e tratar corretamente.
O que fazer para aliviar a dor de ouvido?
Enquanto aguarda a avaliação médica, algumas medidas simples podem reduzir o desconforto de forma segura:
- Aplicar compressa morna na parte externa da orelha por 10 a 15 minutos, ajudando a aliviar a dor e a tensão local;
- Usar analgésicos ou anti-inflamatórios de uso comum, sempre com orientação médica, para controle da dor e da febre;
- Manter o ouvido seco, evitando água durante banho, piscina ou lavagem capilar;
- Descansar e evitar exposição a vento frio, pois o ar frio pode piorar a sensibilidade auditiva.
Essas medidas podem aliviar temporariamente o incômodo, mas não substituem a consulta médica, o ideal é descobrir a causa da dor e tratá-la na origem.
O que não se deve fazer em caso de dor de ouvido?
Alguns cuidados são fundamentais para evitar complicações e proteger a audição:
- Não introduza objetos no ouvido: cotonetes, palitos, grampos, chaves e tampas podem machucar o canal auditivo, empurrar a cera para dentro ou até perfurar o tímpano.
- Não pingue remédios caseiros ou líquidos sem orientação médica: vinagre, álcool, óleos ou medicamentos indicados por terceiros podem causar queimaduras ou infecções graves, especialmente se houver perfuração no tímpano.
- Não ignore a dor: dores persistentes, acompanhadas de febre, secreção, tontura ou perda auditiva, indicam necessidade de avaliação médica imediata.
- Não tente remover cera em casa se o canal estiver obstruído: apenas o especialista deve fazer a limpeza de forma segura.
Evitar essas práticas é essencial para prevenir complicações como infecções, perfuração do tímpano ou perda auditiva.
A dor de ouvido merece atenção (não apenas como sintoma passageiro), mas como um alerta de que algo pode estar comprometido no sistema auditivo ou em regiões correlatas. Com diagnóstico adequado e tratamento dirigido, muitos casos resolvem sem sequelas. Se a dor persistir ou houver sinais de gravidade, procure avaliação especializada para proteger sua audição e qualidade de vida.
Cuidado Completo em Ouvido, Nariz e Garganta
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